Aline Torres tem 38 anos, é de Pirituba, bairro da Zona Norte de São Paulo. Filha de mãe baiana e pai paulistano, Aline estudou em escolas públicas e participou de diversos movimentos culturais, como o hip-hop e a EDUCAfro, cursinho pré-vestibular para jovens negros da periferia. É formada em Relações Públicas e pós-graduada em Gestão de Projetos Culturais pela Universidade de São Paulo (USP).
Aline teve contato com a militância partidária cedo, por acaso e de uma maneira inusitada: em 2003, aos 18 anos de idade, desempregada e reivindicando atendimento no Centro de Apoio ao Trabalho (CAT) da estação Barra Funda. Após ficar horas na fila com uma amiga, quando ia chegar a sua vez de ser atendida, as fichas acabaram. Aline e sua amiga não se deram por vencidas, reclamaram tanto que foram notadas pelo então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à época no PSDB, que estava no local fazendo vistorias com secretários.
Dias depois, um dos assessores do ex-governador as convidou para conhecer o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Daí não parou mais: participou da juventude partidária, foi candidata a deputada federal em 2018 e vereadora em 2020 pelo MDB (seu atual partido).
TRAJETÓRIA POLÍTICA
Com quase 20 anos de experiência em gestão pública, Aline Torres ocupou cargos relevantes na administração municipal, como o de Secretária Adjunta de Inovação e Tecnologia da Cidade de São Paulo e Diretora-Geral do Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ), o maior equipamento cultural juvenil da América Latina.
Aline carrega em sua bagagem experiência na Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, onde presidiu a Comissão Técnica de Avaliação de Projetos Culturais, Festivais de Artes, Circulação de Teatro e Cultura Negra pelo PROAC Editais, além de ter sido gestora do Proac ICMS. Com passagem na TV Cultura, Aline contribuiu para projetos relevantes, como o "TerraDois", escolhido como Melhor Programa de TV no Prêmio APCA 2017.
Foi gestora de equipamentos culturais e se tornou a primeira mulher negra a ocupar o cargo de Secretária de Cultura da Cidade de São Paulo, cargo que exerceu de 2021 a 2024, ano em que saiu para concorrer a vereadora de São Paulo e assumir a presidência nacional do MDB Afro.