Secretária Municipal de Cultura exalta marco inédito no Carnaval de São Paulo
Em 2024, a Secretaria Municipal de Cultura participou pela primeira vez da coorganização do Carnaval promovido pelas escolas de samba, juntamente com a Secretaria de Turismo e a Liga-SP.
Em 2024, a Secretaria Municipal de Cultura participou pela primeira vez da coorganização do Carnaval promovido pelas escolas de samba, juntamente com a Secretaria de Turismo e a Liga-SP.
Este marco inédito só foi possível por meio de um contrato estabelecido entre o órgão público municipal e a entidade organizadora do Carnaval paulistano fazendo com que o setor esteja mais próximo da festa e, por consequência, evidencie a importância do lado social e cultural para toda a população paulistana.
Foliã e admiradora do Carnaval, Aline Torres, atual secretária Municipal de Cultura, é um forte elo entre a avenida e a Prefeitura da cidade. Desde o início de sua gestão, ela faz questão de valorizar e evidenciar a arte promovida pelas agremiações não apenas na Passarela do Samba, mas também em suas demais atividades ao longo de todo o ano.
Em entrevista ao SRzd, durante os desfiles no Anhembi, Aline afirmou que o Carnaval de 2024 foi o mais cultural da história, destacou os esforços para a realização da festa deste ano e os impactos positivos do evento.
Aline Torres. Foto: Reprodução/Instagram
“Carnaval é cultura! E a partir deste entendimento nós começamos a fazer ações para fortalecer dois eixos. O primeiro é conseguir fortalecer o Carnaval da cidade de São Paulo, conseguir mostrar que a cidade vai muito além da festa – ele representa geração de emprego, que não fica restrito somente ao mês de fevereiro, mas acontece de janeiro a janeiro. Este evento é um dos maiores eventos que a cidade abriga, tem um impacto econômico, social, de transformação muito forte na sociedade como um todo, inclusive impacta a vida até de quem não vai ao Sambódromo”, aponta a secretária.
Muito além das suas funções administrativas, a relação de Aline com a festa vem desde sua infância. Influenciada por sua madrinha, que era passista da Mocidade Alegre, ela desenvolveu afeição pela festa do Rei Momo que leva até os dias de hoje. Embora tenha um carinho por todos os pavilhões, ela admite ter uma escola do coração.
“Frequento o Carnaval desde que eu me conheço por gente. A minha madrinha fazia parte de uma época em que as passistas faziam sua fantasia em casa, não tinha ateliê, nem glamour, e eu vivia muito em volta dos paetês dela e eu aprendi a sambar com ela, aprendi a gostar de Carnaval com ela. E além dela, eu tenho dois primos que foram repique de ouro no Camisa Verde, que é a minha escola.”
Aline Torres. Foto: Reprodução/Instagram
Aline já participou de vários setores de uma escola de samba, inclusive confeccionando fantasias. Ela relata que o que enche seus olhos no Carnaval é a comunidade das escolas de samba e que nutre uma paixão pelos pavilhões totalmente diferentes.
“A grande beleza do Carnaval é que você vai vendo que aquela senhorinha que é a Dona Maria e seu José – que são pessoas simples que moram em comunidade com poucas felicidades no seu dia a dia porque talvez mesmo aposentados ainda pegam ônibus cheio para trabalhar -, no final de semana vão para escola para conseguir sentir o tambor da bateria tocar no coração e aí o desfile é uma das principais alegrias. É isso que acho mais rico do Carnaval: é o dia que pessoas simples viram Rei e Rainha. É muito mágico e isso que me motiva a pensar em ações para a gente conseguir fortalecer o carnaval da cidade de São Paulo”, completou.
“E eu tive a sorte de passar mais de 30 horas na avenida, entre cuidar de cada detalhe para que tudo saísse perfeito, além de, claro, poder prestigiar ao máximo a maior festa do planeta! Foi lindo!”, finalizou.